e não raramente aparecem errados?
a gente fala coisas tortas
e nelas crê,
sabe?
cada giro meu
torna ao mesmo lugar
e insisto em girar.
os dias vazios transbordam as semanas,
numa vontade niilista de viver só
com choros que não caem
sabendo do erro.
sabendo...
o desejo é de ter perto
na distância de um sorriso
uma presença de amigo.
enquanto o pensamento vem mutilado
das tormentas todas de dentro
passando aperto no peito
para morrer, em maré,
de saber,
eu monto pilhas e pilhas
de trapos esparsos
sem, espero, tombar
e não ofereço. não! não ofereço!
assaltado por mim, guardo,
e o peso empurra
para as águas,
fundas
olha, meu mundo,
e percebe o erro?
insisto no terceto...
mesmo aqui as palavras se agrilhoam
viciadas no torpor do pensamento
que, machucado, ilude o resto
a fim de ferir mais
fundo
não posso dizer somente
aquele medo latente?
não sei ser só...