Muita da verdade ainda não se sabia, mas tinha-se a clara impressão que o bebê era de extrema importância. As circunstâncias que envolveram seu nascimento já eram cercadas de mistérios. Uma sábia anciã da aldeia previu a vinda de um menino que os faria livres da opressão do império Paersano - talvez não traria liberdade só para a sua própria aldeia, mas também para toda a extensão da Paersa. Ainda mais, quando um peregrino passava por aquelas terras e encontrou descanso na aldeia, viu a mãe, grávida do menino, e com um largo sorriso profeiriu as palavaras que marcariam seu futuro: "Serás luz para os que já estão há muito perdidos nas trevas; marcarás a trilha para a verdadeira liberdade; sofrerás por todos e ninguém compadecerá de ti na hora de dor."
As ditas palavras encheram de esperança todos os habitantes da região, que se alvoroçavam em histórias para crianças contadas nas fogueiras noturnas. Não demorou muito, grande parte do povo do Reino já se encantava com a ideia de um salvador, e algumas já inventavam feitos heróicos, sem ao menos terem ideia se toda a história era verdade ou se era apenas um mito - na verdade, a maioria do povo apesar de se encantar com a ideia de um libertador, no fundo não acreditava em tudo que contavam, pois já estavam tão calejados de desesperança, que eram incapazes de acreditar em qualquer coisa.
Acontece que mais alguns anos se passaram. E tudo continuou o mesmo. As histórias sobre o tal guerreiro lendário continuavam a entreter as crianças em noites de pesadelos, mas a esperança que por alguma razão aquela história poderia ser verdadeira se desvaneceram pouco a pouco, até morrer no coração de praticamente todas as pessoas... Praticamente.
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levi...
ResponderExcluirque lindo!!!
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aihnda bem que é só Praticamente...
E ainda há esperança!!!
mesmo que pouca...
um grande abraço, poeta paulista!!!
xêro baiano pra ti!!!