O verme é uma coisa tão linda e insignificante;
tão diminuto;
ocupa um lugar ingrato - mas necessário
- na natureza
e não falha.
Ele come os mortos.
(e também os vivos, no tempo livre)
Ninguém o ama.
Pisam-lhe, sim, os desgostos;
lastram nele toda angústia;
culpam-no da existência patética,
enquanto remove o podre de todos.
Nunca matam.
(mas cuidam da morte)
Se são bons? Não sei...
não importa.
não mais.
Já me cuidam das entranhas
e me dão à terra.
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