5.2.17

sobre sonhos



Os sonhos são a energia motriz do ser humano, pois são a manifestação mais vívida de esperança. O homem persegue seus desejos mais íntimos com todo seu vigor na expectativa de que neles encontrará a paz. Enquanto trilha seu caminho, nada é capaz de o abalar – é intenso, implacável e perseverante. Quando o caminho chega a seu fim, no entanto, percebe a futilidade de sua busca. Aquilo pelo qual tanto lutara não passa de uma peça decorativa: produz admiração dos outros, mas é essencialmente vazia.

O cristão aprende que sua esperança é Cristo. Nele está a plenitude de todas as coisas; ele é o mistério revelado do universo; a imagem do Invisível; o fim de todos os meios e o começo de todo fim; sem ele, nada existiria, existe e existirá. A esperança do cristão é a vinda do rei do Reino, instaurando a paz completa nos corações humanos. Não há esperança maior. No entanto... O cristão desaprendeu a sonhar. Desiludido dos aperitivos humanos de felicidade própria, deixou de correr vigorosamente a trilha que lhe foi confiada. A visão clara da esperança lesou-lhe as pernas, acomodando-o em sua espera – e esta não lhe traz paz.

O Cristo dos cristãos lhes provê sonhos, marcos tangíveis do Reino-que-há-de-vir. Não há equívoco em persegui-los. Há, sim, na pretensa humildade de evitá-los. Avante, pequenos cristos, corram efusivamente a jornada da vida confiantes no sucesso de seu fim. Corram destemidos, imparáveis! Vivam a plenitude que lhes foi oferecida – agora e eternamente. A certeza da esperança lhes será coroa, não peso. Que seu Cristo possa ser glorificado em você enquanto aguarda ansiosamente sua glória.

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